Amigos com saudade e desconhecidos curiosos... o que esperar desse blog recem nascido e nascido de susto, que não a sombra clandestina de sua criadora? E se o dicionário diz-me que é clandestino o que não é oficial, o que não está às claras, o que é feito às escondidas, ofereço-lhes esta exata medida da minha vida: o que até então estava perdido em gavetas, folhas de caderno dobradas há anos, em restos de guardanapos velhos, em livros rabiscados ou em lugares pouco visitados da memoria... Poesias, alguns contos em gestação e o que mais falar de mim e me tocar de modo pouco óbvio.
Pensei-o. Havia ali, à minha frente, as ferramentas necessárias para começá-lo, dar forma a ele, colocar nele as minhas dores, os meus prazeres, a minha felicidade. Se, por um lado, não me agradava a idéia de virtualidade – como não me agrada a idéia de pseudo-existir - por outro, ele me oferecia a possibilidade de transgredir as páginas oficiais, ter uma identidade além do lattes e dar vida à outra escondida. E aí eu não pude resistir. Ser blogueira também é um tipo de felicidade candestina...
Nenhum comentário:
Postar um comentário