Canção do amor exigente
Quero a palavra que se insinua
entre teu lábio e a língua.
Quero prová-la crua,
despreocupada com a rima.
Quero tomar-te idéias e revê-las,
como livros que, emprestados,
rabisca-se as bordas, reescreve-se,
devolver-te idéias novas.
Quero a fusão ideal
da tua linha rebuscada
com meus versos caseiros
cheios de pudores.
Quero, após, um passo além...
Depois da palavra, o hálito.
Depois da idéia, a escrita.
Depois do pudor, o ato.
Depois da fusão ideal, a real.
Transformar tuas idéias em minha carne.
Inverter teus pensamentos em minha matéria.
Suplantar tua memória em meu perfume.
Converter tua lembrança em minha presença.
Lindo teu blog, querida ! A chegada de julho me permite um pouco de oxigênio, pena que apenas por duas semanas. Mas sempre que puder, passarei por aqui. Beijos e saudades sempre, D.
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